histórias da cria??o do mundo

**Histórias da Criação do Mundo: Diversidade Cultural e Mítica**

A história da criação do mundo é um tema recorrente em diversas culturas ao redor do planeta. Cada povo possui sua própria visão sobre como o mundo surgiu, seja por meio de mitos, religiões ou tradições orais que foram passadas de geração em geração. Estas histórias não só explicam o início do universo, mas também refletem os valores, crenças e a visão de mundo de cada sociedade. Neste artigo, exploraremos algumas das principais narrativas de criação do mundo, observando suas semelhanças e diferenças. Apresentaremos histórias da mitologia greco-romana, das tradições indígenas brasileiras, das religiões africanas e também algumas versões encontradas nas escrituras judaico-cristãs.

**Resumo:**

As \”histórias da criação do mundo\” têm sido uma forma de as culturas e religiões explicarem a origem do universo, a vida e os seres humanos. A diversidade dessas narrativas é impressionante, e elas servem não apenas para dar um sentido à existência humana, mas também para transmitir valores e normas sociais. Cada cultura tem seus próprios deuses, heróis e cosmologias, que moldam as visões de mundo e as formas de interação com a natureza e os outros seres humanos. Neste artigo, exploraremos algumas dessas histórias, começando pela mitologia grega, passando pelas narrativas indígenas brasileiras, até chegarmos às religiões afro-brasileiras e as influências judaico-cristãs, destacando as particularidades de cada uma e comparando suas semelhanças.

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Mitologia Grega: O Caos e a Ordem

Na mitologia grega, o mundo começa com o Caos, uma massa indefinida e sem forma. Dele surgem os primeiros deuses primordiais, como Gaia (a Terra), Urano (o Céu), e Tártaro (o abismo). A partir da união entre Gaia e Urano, surgem os titãs, seres poderosos que moldam o universo. Um dos mitos mais conhecidos é o da Titanomaquia, onde Zeus e seus irmãos lutam contra os titãs para estabelecer a ordem no cosmos. Este mito não apenas explica a origem do mundo, mas também simboliza a luta pela ordem e pelo controle do universo.

O processo de criação na mitologia grega está relacionado à mudança de um estado de caos para uma ordem organizada. Isso reflete a visão do mundo dos gregos antigos, que viam o universo como um lugar de forças opostas, como o céu e a terra, a luz e a escuridão, que precisavam ser equilibradas para garantir a harmonia.

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As Narrativas Indígenas Brasileiras: Diversidade e Conexão com a Natureza

Entre as diversas etnias indígenas do Brasil, as histórias de criação do mundo variam amplamente, mas com algumas características comuns: a forte conexão com a natureza e a crença de que os seres humanos estão intimamente ligados ao mundo natural. Uma das histórias mais conhecidas é a dos Tupinambás, que acreditam que o mundo foi criado por Tupan, o deus do trovão e da tempestade. Tupan, em algumas versões, cria a terra, as plantas e os animais a partir do caos primordial. Após criar o mundo, Tupan se retira, mas permanece presente na natureza, simbolizando a relação dos indígenas com os elementos naturais.

Para muitas tribos, os animais desempenham um papel importante na criação do mundo, e são vistos como seres com qualidades quase divinas. Alguns mitos afirmam que os humanos foram criados a partir de elementos da natureza, como a madeira ou o barro, como uma maneira de explicar a simbiose entre os seres humanos e o meio ambiente.

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Religiões Afro-brasileiras: O Papel dos Orixás

Nas religiões afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda, a criação do mundo também é explicada por mitos e histórias que envolvem os orixás, divindades africanas que representam forças da natureza e aspectos humanos. A história da criação, nesses contextos, gira em torno da ação dos orixás, que são responsáveis por criar o mundo e organizar os elementos naturais.

Em uma das versões mais populares do Candomblé, o orixá Olodumare, o deus supremo, cria o mundo a partir de seu próprio desejo. Ele envia os orixás, como Oxalá e Iemanjá, para criar os seres humanos, as plantas, os animais e as forças da natureza. O papel dos orixás na criação reflete uma visão do mundo que está interligada com os ciclos naturais e as forças divinas presentes no cotidiano das pessoas.

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O Gênesis: A Criação Judaico-Cristã

A história da criação do mundo mais amplamente conhecida no Ocidente é a do Gênesis, presente na Bíblia Judaico-Cristã. Segundo este relato, Deus criou o mundo em seis dias. No primeiro dia, ele cria a luz, separando-a das trevas; no segundo, faz o céu e as águas; no terceiro, separa a terra das águas e cria as plantas; no quarto, faz o sol, a lua e as estrelas; no quinto, cria os animais marinhos e as aves; e no sexto, cria os animais terrestres e o ser humano, Adão e Eva, à sua imagem e semelhança.

O Gênesis apresenta uma visão linear do tempo e da criação, onde tudo é feito com um propósito e uma ordem divina. A visão monoteísta de Deus como criador é central nesta narrativa, destacando a ideia de um ser supremo que tem controle sobre todo o universo.

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Comparando as Histórias de Criação: Similaridades e Diferenças

Apesar das diferenças entre as histórias de criação, há várias semelhanças entre elas. Em todas as culturas, a criação do mundo é associada a um ser ou força superior que molda o universo a partir do caos ou da ausência inicial. Além disso, muitas dessas histórias refletem a visão de que os seres humanos são parte de um ciclo natural, e não seres isolados ou superiores ao resto da criação.

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No entanto, as diferenças são igualmente importantes. Enquanto algumas culturas veem a criação como um processo contínuo e cíclico, como é o caso das tradições indígenas, outras, como a judaico-cristã, enfatizam a criação em seis dias e o estabelecimento de uma ordem fixa e imutável. Além disso, as figuras centrais na criação variam: de deuses personificados, como os orixás e os deuses gregos, a um único deus transcendente, como no Gênesis.

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Conclusão: O Significado das Histórias de Criação

As histórias da criação do mundo são mais do que simples explicações sobre a origem do universo; elas refletem as crenças, valores e cosmovisões de diferentes culturas. Cada história é uma forma de dar sentido à existência humana e ao nosso lugar no mundo. Ao explorar essas narrativas, podemos entender melhor a diversidade cultural e religiosa do planeta, ao mesmo tempo em que reconhecemos as semelhanças que nos unem como seres humanos.

A criação do mundo, em qualquer uma de suas versões, nos ensina sobre a importância de compreender nossa origem, nosso papel no universo e nossa conexão com a natureza. As diferentes histórias de criação oferecem uma rica tapeçaria de mitos e símbolos que continuam a influenciar nossas vidas e a forma como vemos o mundo ao nosso redor.

**Outros Artigos Relacionados:**

– [Mitologia Grega: A Luta entre deuses e titãs](www.)

– [O Papel de Tupan na Criação do Mundo](www.)

– [Orixás e a Criação do Mundo no Candomblé](www.)

– [O Gênesis e a Criação do Mundo no Judaísmo](www.)

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